terça-feira, 19 de abril de 2011
Como Twitter e Facebook afetam rankings de busca.
Tanto o Bing quanto o Google admitem usar as redes sociais como componentes dentro de seus algoritmos de busca. Desde a corrida pelos resultados em tempo real, usar as redes sociais como fonte de conteúdos passou a ser um diferencial fundamental e de importância crescente num mundo dominado por redes como Twitter, Facebook e Linked in.
O que conta nos resultados sociais? Quais fatores influenciam mais os resultados? Essas e outras perguntas comuns vão ficando mais claras conforme os buscadores divulgam suas métricas para redes sociais.
Resumindo um pouco as informações coletadas em materiais oficiais e extra-oficiais dos buscadores, é possível afirmar algumas coisas:
A autoridade social dos usuários conta como um indício da relevância do conteúdo. Um usuário que tenha muitos seguidores no Twitter ou muitos amigos no Facebook tem mais influência quando compartilha um conteúdo. Se um artigo é Retwittado por muitas pessoas, ele ganha mais relevância que um sem Retweets ou com poucos Retweets.
Apesar de a grande maioria dos links em redes sociais ser “nofollow” (o que, em tese, faz com ele não seja seguido pelos robôs de busca e não transmita PageRank no Google, por exemplo), o fato de um link ser compartilhado por dezenas, centenas ou até mesmo milhares de pessoas atribui mais peso a este link nos rankings de busca. Se quem compartilhou o link forem pessoas com alta relevância social (muitos seguidores, contatos e/ou amigos), o link ganha um pouco mais de peso. Repito: mesmo sendo “nofollow”.
Com isso, acontecimentos recentes como o terremoto e tsunami no Japão viram verdadeiras avalanches de conteúdo social e afetam os resultados de busca segundo-a-segundo, uma vez que milhares de pessoas estão trocando links, fazendo comentários e compartilhando as informações que descobrem.
Nestes momentos, os sites que produzem informações em curto espaço de tempo, como veículos de imprensa por exemplo, podem tirar grande vantagem atualizando seus sites e compartilhando links das notícias em redes sociais, pois tendem a receber muitos Retweets no Twitter, Likes no Facebook e recomendações em diversas outras ferramentas relevantes.
Alguns experimentos de profissionais de SEO sugerem que mesmo que uma página tenha poucos links, se tiver algumas centenas de Retweets pode chegar a ter rankings mais relevantes que páginas com muitos links, mas pouco comentadas no Twitter, Facebook e outras redes.
Um ponto fundamental também é entender que esta influência nos rankings é temporária e tende a se diluir com o tempo. Enquanto o assunto é quente, o volume de citações em redes sociais conta bastante, mas com o passar do tempo, o conteúdo deverá ter relevância por si só, ou acabará perdendo força nos rankings.
Isto não significa que as redes sociais passaram a ser o "fator" mais relevante dos algoritmos de busca. É preciso lembrar que há outras centenas de indícios que os algoritmos usam para compor os rankings. Um site fraco, mesmo com muitos Retweets, não sustentará altos rankings por muito tempo, ainda mais se o assunto começar a ser explorado por outros sites que tenham estruturas melhores do ponto de vista de robôs de busca.
Outro ponto que ambos os buscadores enfatizam é que só têm acesso aquilo que todos tem acesso, ou seja, as informações públicas e compartilhadas com “Todos” nas redes sociais. Tanto o Bing quanto o Facebook não tem acesso nem guardam informações dos usuários nas redes sociais, pelo menos oficialmente. Isso é também uma tentativa de demonstrar que aquele grande medo a respeito do Grande Irmão “Nós sabemos quem você é” pode não ser verdade. Os buscadores só tem acesso às informações abertas, se você as protege, somente quem as tem é a rede social onde você cadastrou os dados.
Sabendo de tudo isso, é cada vez mais importante pensar na distribuição social do conteúdo, porque as reações das pessoas a cada conteúdo serão cada vez mais importantes para compor os rankings de um site.
Logicamente, não seria recomendável construir uma estratégia de SEO baseada somente em redes sociais, mas elas contam cada vez mais. Esta importância tende a crescer progressivamente, conforme os usuários integrarem as redes sociais ao dia-a-dia, o que sempre foi inevitável e hoje é cada vez melhor compreendido pelas empresas.
Com isso, quem produz conteúdo de qualidade, relevante e bem organizado pode utilizar as redes sociais de forma legítima para promover conteúdo e interação, e aí sim, o SEO será favorecido. Melhor ainda: quanto mais relevante o conteúdo for, mais Amigos, Seguidores e Compartilhamentos a marca
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