segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Usabilidade na prática

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O Dia Mundial da Usabilidade que aconteceu neste último dia 13 de novembro foi marcado por uma série de eventos que acontecem ao redor do mundo – inclusive no Brasil. Os seminários, encontros, apresentações e oficinas visavam discutir e trabalhar ideias que tornassem “serviços e produtos essenciais mais fáceis de acessar e usar”, segundo a descrição oficial da data. E entre esses produtos, também estão incluídos sites, diretamente relacionados ao conceito de User Experience (UX).

No entanto, embora seja parte essencial da estrutura de uma página, não é todo mundo que leva a ideia tão a sério quanto deveria. “Quando você constrói uma plataforma que você vai manter durante anos, é um tiro no pé não olhar para este aspecto”, disse a INFO Eduardo Torres, vice-presidente da agência de mídia digital Huge na América Latina. “É mais ou menos como construir um castelo com pilares de areia em vez de fazer algo sólido.”

O executivo é chefe do escritório da empresa no Rio de Janeiro, que funciona desde 2011, e cuida de uma equipe de cerca de 40 designers aqui no Brasil. “Todos eles participam, de diferentes formas, do desenvolvimento da User Experience” nos projetos feitos pela agência – que, por aqui, incluem o site do aeroporto Galeão e o portal do Itaú, mas ainda envolvem colaborações com iniciativas feitas pelos escritórios da companhia no exterior.

Como parte do Dia Mundial da Usabilidade, INFO pediu para que Torres explicasse alguns dos pontos que ele considera essenciais na hora de planejar a UX. O resultado foram três dicas fundamentais, que devem ser bem úteis para desenvolvedores web e designers. Confira.

1 – Para começar, o conceito de User Experience envolve, logicamente, conhecer bem o usuário. “Não é só fazer algumas pesquisas digitais. É fazer uma análise comportamental”, contou o especialista. “Quem é o cliente? Qual é o comportamento dessas pessoas? Como elas consomem? Mais online ou mais offline? Como isso pode influenciar o que você está projetando?” O que não pode faltar, segundo Torres, é conversar com quem vai usar o produto no fim das contas.

2 – Mas é importante lembrar que não é só o usuário que precisa ser levado em conta – as necessidades do cliente também devem ser consideradas. “É difícil você apresentar o que é um ideal de app sem conhecer bem os objetivos do negócio”, disse Torres. E o produto ou a campanha que você está criando precisam depois ser relacionados ao público-alvo. “Então, no momento em que conseguir casar as duas coisas, você terá uma experiência digital relevante para os dois lados”, explica Torres.

3 – Por fim, o executivo destacou que a UX está longe de ser uma ciência exata. “Você tem que conhecer os anseios e os interesses do público-alvo e do cliente, claro, mas também é preciso saber quando tapar os ouvidos e dar um passo para frente – senão você não inova”, explicou. Para Torres, desenvolver um projeto não é apenas copiar coisas e incluir elementos que o cliente pedir. “Você tem que saber a hora de tomar a dianteira e mostrar a ele algo que ele nem sabia que queria”, explicou. 

Fonte: INFO

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