segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

O que será assunto na web em 2012



Esboçadas em 2011, a batalha entre Facebook e Google e a expansão da internet móvel serão os grandes assuntos da web em 2012. O exército de Mark Zuckerberg oferecerá a seus usuários novos instrumentos para incentivá-los a usar ainda mais os serviços da empresa, assim como o Google não medirá esforços para lhe fazer frente com o Google+ – mesmo que a ação provoque a morte natural de sua antiga rede social, o Orkut. E cada vez mais usuários chegarão às redes sociais via dispositivos móveis, como tablets e smartphones. Estima-se que em 2012 sejam vendidos 1 milhão de tablets, contra 450 mil em 2011

Redes sociais: a batalha de gigantes
Assim como o Google já é mais do que um “gigante de buscas”, o Facebook vai querer ser em 2012 mais do que uma “rede social”. O mercado aposta que a empresa vai fazer em 2012 sua primeira oferta pública de ações (IPO) na bolsa. Caso isso ocorra, a companhia pode atingir um valor de mercado nada desprezível – 100 bilhões de dólares, o maior IPO já realizado por uma companhia de tecnologia.

A abertura de capital representa a consolidação de uma brincadeira que deixou os muros universitários de Harvard em 2006 para abraçar o mundo. Para tanto, não será surpresa se Mark Zuckerberg, seu criador e CEO, apresentar uma nova leva de recursos e funcionalidades que detenham maior atenção do usuário de internet. Entre tantas apostas, estão a criação de um editor de foto que permite mudar o filtro das imagens – similar ao Instagram –, a recurso de geolocalização, um smartphone ou até um navegador.

Para uma empresa que já detém o maior acervo de conversas na internet, acrescentar a localização geográfica é um incremento importante. E dar a seus usuários a possibilidade de se comunicar a partir de um celular próprio é um passo ainda mais lógico. Um eventual smartphone do Facebook pode ter uma agenda de telefone integrada à rede de contatos no Facebook e permitir aos cadastrados ligações gratuitas pelo Skype, principal serviço de telefonia via internet no mundo e parceiro do Facebook desde julho.

As apostas do mercado levam em conta a batalha do Facebook com o Google+. Criada em junho, a mais nova rede social da empresa será o produto que receberá maior atenção entre todos os projetos do Google em desenvolvimento. Apesar de funcionários da companhia garantirem que a criação do projeto não implica menor empenho para garantir o futuro do Orkut, as evidências apontam em outra direção, e é possível que o Orkut seja abandonado em 2012.

O Orkut já perdeu apelo mundial: é um terreno virtual habitado maciçamente por brasileiros. Em novembro, registrou 30 milhões de usuários únicos, metade da audiência obtida pelo novato Google+, segundo a empresa de métricas Comscore. Ao Google, interessa levar a audiência do Orkut para o Google+. A primeira estratégia foi lançada em outubro. Sem alarde, o Google apresentou um recurso para migrar fotos do Orkut para o Google+. Por essas ações, caberá a nova rede a difícil missão de rivalizar com o Facebook, hoje com mais de 800 milhões de usuários.

Dispositivos móveis: a nova porta de entrada para a internet
A necessidade de computador e linha telefônica é uma tradicional barreira ao avanço da internet. As operadoras de telefonia no Brasil oferecem há sete anos serviços que permitem acessar o mundo virtual a partir de dispositivos móveis, como tablets e smartphones, mas seu uso ainda é ínfimo. Segundo dados de setembro da Comscore, 1% das páginas visitadas do total de tráfego de internet no Brasil são feitas a partir aparelhos como iPad ou iPhone – a taxa chega a 7% nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha.

Em 2012, a história deve mudar. Com o interesse cada vez maior de gigantes do setor no país, como Amazon e Apple, e a redução dos cusos de acesso a partir de dispositivos móveis, o mercado aposta que smartphones, tablets, como o iPad, e leitores digitais, como o Kindle, serão a porta de entrada de cada vez mais brasileiros para o mundo digital. Só em 2011, o Brasil terá 450.000 tablets vendidos, de acordo com estimativas da IDC, empresa de pesquisas e análise de mercado. Para 2012, essa cifra pode dobrar, chegando a 1 milhão de dispositivos vendidos no país.

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