quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Crescem reclamações contra sites de compras coletivas.


Facilidade, comodidade e desconto. Uma mistura tentadora para o consumidor, mas, como diz o ditado, o barato às vezes sai caro. Os sites de compras coletivas viraram mania entre os internautas. Segundo a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, são cerca de 1.500 páginas em todo o país que, no ano passado, movimentaram R$ 1 bilhão.

Os sites de compras coletivas funcionam do mesmo jeito. Quem vende reduz a margem de lucro porque vai ganhar na quantidade das vendas. Quem compra consegue desconto. Os preços muito abaixo do mercado são um convite para a aquisição de produtos e serviços, até a hora que a transação dá um “bug“.
Quando viu a oferta na internet, a coordenadora de vendas Laís de Souza não resistiu. Comprou um ensaio fotográfico com um ótimo desconto, de R$ 600 por R$ 120, mas o fotógrafo desistiu do negócio. “Quando eu comprei o cupom, existia o telefone e o e-mail do site. Eles tiraram esse telefone do ar e você só consegue contato por e-mail. Não consegue, porque eles não retornam”, diz.

Só em 2011, foram registradas 45.898 queixas em um único site de reclamações pela internet, um número seis vezes maior do que no ano anterior, com 7.122 reclamações. Na maioria das vezes, o consumidor se sente desrespeitado. São Paulo e Rio de Janeiro são os estados com o maior número de reclamações.
No Rio de Janeiro, uma lei estadual estabelece que os sites agora são obrigados a informar endereço e telefone de suas sedes e ter um canal telefônico gratuito para atendimento ao cliente. As empresas têm 90 dias pra se adaptar à lei. “A gente espera também que essa regulamentação a nível nacional, porque é um mercado que cresceu muito, vem crescendo a cada dia, e precisa ser urgentemente regulamentado, porque muitos consumidores vêm sendo lesados”, afirma Larissa Davidovich, defensora pública do Núcleo de Defesa do Consumidor/RJ.

Em São Paulo, 18 empresas de compras coletivas fundaram uma associação nacional. “É interessante que haja, que venha uma regulamentação por parte do Poder Legislativo, e a nossa associação se propôs também a criar a autorregulação do setor. Havendo autorregulação e o nosso código de ética, a ideia é que permaneçam somente as melhores empresas, as empresas que irão atuar somente com boas práticas no mercado”, diz Douglas Leite, presidente da Associação Brasileira de Compras Coletivas.

Fonte: Jornal da Globo

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