quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Vem ai o YouTube Music Key


Os indícios são os de que o Youtube está próximo de lançar seu serviço de música por assinatura, com conteúdo premium e sem publicidade. O serviço serviria de isca para lucrativa para o Google atrair alguns de seus usuários para outros serviços de vídeo e música digital, como o Google Play Music e o Google Play Music Key.
Imagens do suposto serviço, chamado YouTube Music Key, foram publicadas recentemente pelo blog Android Police e mostram conteúdos exclusivos, como remixes ou covers, cesso offline para álbuns ou shows inteiros, e listas de reprodução personalizadas. Tudo isso por 10 dólares ao mês.
Um porta-voz do YouTube se recusou a comentar o vazamento das imagens, mas rumores de um serviço de música paga a partir do site de vídeos de propriedade do Google vêm circulando já há algum tempo. Uma notícia publicada pelo Financial Times chegou a afirmar que o YouTube estava bloqueando ou penalizando gravadoras independentes que não se interessaram em se inscrever para o futuro serviço pago. No início deste mês, Susan Wojcicki, head do YouTube, confirmou que a empresa estava trabalhando em algum tipo de serviço de música por assinatura, em uma entrevista ao Re/code.
Portanto, parece bastante provável que uma versão premium do YouTube apenas para a música esteja a caminho. A versão gratuita do YouTube funciona bem para muitos, mas uma versão premium pode deixar que o Google rentabilize alguns novos conteúdos e incentive os consumidores a experimentarem outros serviços de mídia digital da empresa.
A quantidade e diversidade de conteúdo disponível gratuitamente no YouTube é enorme, e os anúncios não interrompem a experiência de audição como no Spotify ou no Pandora. Além disso, o Google já oferece o Google Play All Access, um serviço de música paga que sincroniza todos os dispositivos e permite que as pessoas ouçam música off-line por US $ 9,99 ao mês.
O serviço "Premium" pode incluir gravações exclusivas de covers de artistas profissionais ou faixas inéditas exclusivas como faz a iTunes, da Apple. Para isso, o Google teria que fazer novos acordos de licenciamento com gravadoras.
Se o YouTube puder converter apenas uma pequena fração de seus usuários bilhões extras mensais em clientes pagantes, essa pode ser uma vitória para o Google, argumenta Mark Mulligan, co-fundador da música e da tecnologia de investigação firme Midia Consulting.
Segundo o YouTube, seus usuários assistem mais de 6 bilhões de horas de vídeo a cada mês - quase uma hora para cada pessoa na Terra. E 100 horas de vídeo são carregadas a cada minuto.
O Google também pode empacotar o serviço de videoclipes do YouTube com o conteúdo de áudio puro em um app Google All Access. Se a combinação for feita corretamente, poderá ajudar o Google a distinguir-se de alguns dos seus concorrentes.
Em suma, o YouTube pode não estar à procura de rentabilizar o que já tem, mas interessado em criar um serviço diferenciado. O wild card é a empresa negociar as ofertas certas com as editoras e gravadoras.
"A posição do Google se encaixa em uma fase mais ampla na evolução de conteúdos digitais", disse Mulligan da Midia em um post no blog sobre a oferta de serviços premium do YouTube. Gigantes da tecnologia como Google, Apple e Amazon, segundo ele, estão testando o quão longe eles podem empurrar seus parceiros para fortalecer os seus produtos já fortes.

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