sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Por que as redes sociais viciam?


Muito se fala sobre o poder das mídias sociais, sobre o alcance das mensagens e o número de usuários que elas conseguem atingir.

Porém, classificar a ferramenta como uma mídia eficaz sem considerar a reação do público é irrelevante e antiquado, pois é o mesmo que seguir o primeiro pressuposto behavorista (estímulo – resposta), onde o consumidor era passivo e não respondia aos estímulos. Sabemos que esse é o revés das mídias sociais, que levantam a bandeira da interatividade e da co-produção de conteúdo como premissa básica.

Pensando nisso, o resumo de notícias dessa semana trará novidades de pesquisas recentes realizadas com usuários das mídias sociais.  O Scince Blog publicou um estudo feito por pesquisadores da Itália que resolveram explicar que o Facebook é agradável, mas de outra maneira: medindo as respostas fisiológicas da pessoa. Eles mediram a condutância da pele, volume de sangue do pulso, eletroencefalograma, eletromiografia, a atividade respiratória e a dilatação da pupila de 30 sujeitos saudáveis em 3 diferentes condições: relaxamento, mostrando slides do seu perfil no Facebook e uma condição de estresse.

Dentre várias conclusões, a máxima foi que quando era mostrado ao sujeito o seu perfil no Facebook, ele ficava emocionalmente mais agitado que nas outras condições, ou seja, ele ficava mais feliz e animado. A pesquisa conclui dizendo que sites de relacionamento social podem ter seu sucesso devido aos estados positivos que geram nos seus usuários.

Esse sucesso é notavelmente provado em uma pesquisa feita com universitários brasileiros, que disseram que a web é mais importante que namorar. 75% dos jovens enxergam a rede como um recurso essencial à sua vida, tal qual o ar ou a água. Segundo o Relatório Mundial de Tecnologia Conectada, elaborado pela Cisco, quase dois terços (63%) dos jovens universitários e adultos em início de carreira consideram a rede mundial algo imprescindível, e mais da metade a descreve “como parte integrante de sua rotina” – em alguns casos, à frente do carro e da namorada.

Comportamento e marketing
Uma pesquisa realizada por uma multinacional de marketing com usuários de Facebook de seis países joga uma luz numa das questões mais controversas do Facebook (e, por extensão, de toda rede social): por que alguém deixa de curtir uma página? Uma resposta foi divulgada esta semana pela empresa de marketing e comunicações DDB Paris em conjunto com a OpinionWay.

A principal razão apontada para o abandono da página é o esgotamento do interesse pela marca (49%). Em seguida aparecem o pouco ou nenhum interesse despertado pelas informações da página (46%) e a alta frequência da publicação de informações (36%).
Outros destaques da semana:

Twitter agora tem publicidade política
O Twitter começou a aceitar anúncios políticos desde quarta-feira e designou uma equipe de vendas especialmente para esse tipo de publicidade. A empresa lançou a primeira propaganda ontem (22), um tweet patrocinado pelo candidato presidencial americano do Partido Republicano, Mitt Romney. O político é de um pequeno grupo de candidatos com o qual o Twitter está trabalhando para estrear nessa nova empreitada. Os anúncios serão distinguidos de outras publicidades por um etiqueta roxa escrito “Promovido” e um termo de responsabilidade da Comissão Federal de Eleição.
A nova equipe de vendas de anúncios políticos do Twitter será liderada por Greenberger, que até pouco tempo liderava a equipe de vendas relacionadas à política do Google.

Foursquare chega a 1 bilhão de check-ins
O maior serviço de geolocalização, o Foursquare, afirmou em seu blog oficial que atingiu nesta semana a marca de 1 bilhão de check-ins. Para marcar a data, a empresa publicou um vídeo, que posto abaixo, mostrando em um mapa-múndi o uso do serviço durante uma semana. A rede social, criada há dois anos, tem em média 10 milhões de usuários ativos na rede social e cerca de 3 milhões de check-ins por dia.

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